Com a permanência da pandemia, inúmeros setores se viram em becos sem saída, com o consumo e o faturamento reduzido pela falta de presença física das pessoas. Um desses setores foi o da alimentação.
As medidas de contenção da pandemia no começo de 2021 afetaram mais uma vez os estabelecimentos físicos de comida. Em março, quando o comércio voltou a fechar, bares, restaurantes, lanchonetes e padarias tiveram uma queda considerável no consumo: 34,2%. É o que diz a pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), feita a partir de cartões de alimentação e refeição da bandeira Alelo em todo o país.
O resultado vem em comparação ao consumo no período pré-pandemia, em 2019. O impacto traz mais dificuldades ao setor, já bastante atingido no início da quarentena. Em momentos mais brandos, quando o comércio abriu e as restrições públicas se reduziram, os estabelecimentos enxergaram um pequeno respiro — algo que, infelizmente, durou pouco.
Consumo em supermercados
O consumo em supermercado, diz a pesquisa, tem um resultado melhor: registrou crescimento de 7,3% em março de 2021. Com a maior parte das pessoas em casa, algo que também incentivou a busca por produção caseira, os supermercados têm visto um aumento de consumo desde março de 2020.
De acordo com a pesquisa, um dos motivadores que reduziram a circulação de pessoas em dias úteis foi a antecipação de feriados no fim do mês de março.
Delivery em ascensão, porém com um crescimento menor em 2021
Entre os setores alimentícios, o que mais cresceu foi o de pedidos por delivery. Essa foi, também, uma das formas de sobrevivência de inúmeros estabelecimentos no Brasil. Para 2021, diz estudo da startup Comprar Acciones, a tendência é que ainda haja crescimento, porém mais contido.
Em 2020, 47% dos estabelecimentos criaram novos canais de venda. Houve crescimento em mais de 80% de novos estabelecimentos em aplicativos de delivery, de acordo com outro estudo, dessa vez da VR Benefícios.
Para 2021, diz a Comprar Acciones, o mercado global de delivery online de alimentos vai valer mais de R$ 812 bilhões — o que representa um aumento de 11% em relação ao ano passado. Dessa forma, a conclusão é de que o setor continuará em ascensão, mas terá um crescimento mais contido em relação ao ano passado.
Fonte: Consumidor Moderno