Começou a valer o novo decreto da prefeitura de Goiânia que prevê nesses próximos 14 dias a abertura das atividades não essenciais durante os dias úteis com restrições de segurança em estabelecimentos.
O Sindibares entende que continuar aberto mesmo com restrições já é um avanço, já que a previsão era ficar completamente fechado nesses dias. A entidade participou ativamente de negociações com a Prefeitura tentando manter os estabelecimentos abertos.
“Entendemos que não é o que todos desejamos, mas continuar podendo trabalhar já é um avanço. Não é o ideal, não é o que nossos associados almejam. Queremos a volta da normalidade, mas que virá somente com a vacinação em massa e com isso a diminuição dos casos de Covid-19.” Destaca o presidente do Sindibares Newton Pereira.
Porém o Sindibares discorda totalmente do fechamento aos finais de semana. Essa regra penaliza o segmento que já tem sofrido desde o início da pandemia. Não faz sentido liberar algumas atividades e fechar outras aos sábados e domingos. Aos finais de semana as pessoas vão continuar circulando e espalhando o vírus nesses estabelecimentos.
Para Newton Pereira o que está acontecendo é um “fakedown” onde se fala em deixar somente atividades tidas essenciais aos finais de semana, mas essas atividades reúnem muito mais pessoas no mesmo local do que em bares e restaurantes, por exemplo.
Além disso, o Sindibares não concorda com a proibição de música. Não tem fundamento científico ou qualquer outra explicação para tirar a possibilidade de música, mesmo que seja um som ambiente. Em bares e restaurantes a música é fundamental.
O Sindibares Goiânia reafirma que bares e restaurantes seguem os protocolos e que tem feito campanhas conscientizando ainda mais empresários e clientes sobre as medidas de prevenção. Bares e restaurantes estão funcionando com 50% da capacidade, espaçamento entre as mesas, álcool em gel, uso de máscara ao circular pelo ambiente, uso de luva nos buffets, entre outras.
Com as restrições do atual decreto, o fechamento aos sábados e domingos, a perda de faturamento de alguns estabelecimentos será grande. O Final de semana representa pelo menos 60% do faturamento da maioria dos estabelecimentos.
Devido a este impacto, este segmento que já perdeu mais de 3 mil empresas e que já demitiu mais de 10 mil funcionários, terá esses números agravados pelo atual decreto, pois muitos estabelecimentos vão optar pelo fechamento ou por atuarem apenas pelo delivery, onde a necessidade de pessoal se torna bem menor.